sábado, 20 de junho de 2009

Preconceito, liberdade e o cretino fundamental

Neste momento a opinião pública brasileira - através da imprensa - discute a morte do cozinheiro Marcelo Campos Barros, espancado e assassinado brutalmente no centro de São Paulo, no dia 14 deste mês.

A intolerância à diversidade sexual, preconceito mais do que presente na mentalidade nacional, inclusive, constatado entre crianças de escolas públicas, é a origem de atos bárbaros como este.

Temos o costume de criar e contar piadas sobre gays e lésbicas. Antes, negros e índios também motivavam risos.

Tal senso de humor - supostamente ingênuo - possibilita às nossas crianças, uma interpretação equivocada da maneira de ser daquele que é diferente.

A igreja classificou como doença, já as anedotas menosprezam e provocam gargalhadas.

Nelson Rodrigues no bate-papo que postamos aqui, nos fala da rebelião do "cretino fundamental".

A internet possibilita a qualquer um, incapaz de ter uma compreensão mínima do que é ético, expressar suas opiniões. Por mais que seja difícil aceitar, os "mentecaptos" merecem esse direito.

Considerando o assassinato do cozinheiro Marcelo Barros, o preconceito inato à personalidade do brasileiro, e o que disse Nelson Rodrigues, não seria essa postagem que encontrei (clique aqui), uma manifestação real e verdadeira de um "cretino fundamental"?

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Um comentário:

Fabricio Kc disse...

Existe uma confusão entre 'liberdade de expressão' e 'falar tudo o que se quer'. A diferença se localiza na responsabilidade e sensatez (pra não falar de inteligÊncia e caráter).

Mas, num mundo onde todos temos voz (e isso é bom), vale dizer:

No caso de algumas opiniões, manifetá-las é Democracia, acatá-las é Estupidez.