Texto da antropóloga e professora da UFBA, Maria Hilda Paraíso.
A revolta dos caboclos e Marcelino
"A reação ao incremento da invasão se iniciou em 1929, sob o comando de Marcelino Alves. Argumentando a necessidade de recuperarem as terras perdidas e de expulsarem os novos ocupantes da área da antiga aldeia, ele e seus aliados concentraram seus esforços iniciais na região da ponte sobre o rio Cururupe. Buscavam estrangular o tráfego, impossibilitando o acesso fácil a Olivença. A punição foi imediata e, em novembro, uma caravana de praças de polícia e de inspetores de quarteirão deslocou-se para a região, iniciando a repressão aos revoltosos. A desigualdade de forças e a diferença na qualidade dos armamentos disponíveis culminaram na derrota dessa primeira tentativa de retomada das terras e na prisão de Marcelino e seus seguidores.
Marcelino, naquele momento, já era uma figura polêmica. Ele e seus seguidores diziam-se descendentes da tribo Tupá. Ele já fora acusado da prática de alguns crimes: em 1921 de ter assassinado Jacintho Gomes e, em 1929, de ter morto sua companheira, acusando-a de adultério e ferido os quatro filhos dela. Também era acusado de ter deflorado várias moças. (Processo nº 356 do TSN, 1936).
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