A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça decidiu nesta sexta (7) que Clara Charf, companheira de Carlos Marighella, fundador da ALN (Ação Libertadora Nacional), tem direito a uma indenização mensal vitalícia de R$ 2.520.
Clara enfrentou repressão desde 1946, quando começou a militar politicamente, e o risco de ser presa a fez abandonar a carreira de aeromoça, o que influenciou no valor determinado pela comissão. As contas foram feitas levando-se em consideração o rendimento que a anistiada teria tido caso tivesse continuado a trabalhar. Aos 83 anos, Clara atua no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e articula a rede Mulheres pela Paz ao Redor do Mundo.
Ela pode recorrer do valor determinado em um período de 30 dias. No entanto, ela tomou a palavra para solicitar que ninguém entrasse com recurso e deixar claro que não o faria. "O Estado jamais vai poder pagar as vidas das pessoas. O que a gente tem que pedir é que isso não se repita no Brasil. O mais importante não é o dinheiro, mas o valor dessa comissão para tornar público o que aconteceu", disse a anistiada, aplaudida de pé pelo público que acompanhou a sessão aberta.
Comentário do Blog:
No dia internacional da mulher, o exemplo pungente de Clara Charf permanece como fonte inesgotável de perseverança.
Clique aqui para saber quem foi Carlos Marighela.
Fonte: uol
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