quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

De volta

Agradeço aos amigos visitantes pelos diversos e-mails reivindicando o meu retorno. A blogosfera não me rende dinheiro, mas, me propiciou um bom número de leitores fiéis.

Esse reconhecimento é prazeroso e incomensurável.

Durante o tempo de ausência, refleti bastante sobre a minha postura como blogueiro, e tomei algumas decisões.

A partir de hoje, peço aos visitantes e irmãos de blogosfera que esqueçam os meus vínculos com o partido dos trabalhadores, de Ilhéus.

O PT, sigla que atrai pelo simbolismo e por ter uma trajetória de luta em defesa das classes sociais menos abastadas, hoje, em Ilhéus, está dividido entre dois projetos políticos medíocres: o do mensaleiro Josias Gomes (a direita do PT), e as pretensões egocêntricas e coronelistas do deputado federal Geraldo Simões. O que há de resto serve de apêndice para um ou outro.

Durante a campanha eleitoral de 2008, membros da direção do PT pretenderam usar este blogueiro na formatação de uma reportagem que feria meus princípios éticos, como profissional da comunicação. Por não ter aceitado, fui colocado à margem. Não confio nas principais pessoas que dirigem o PT.

Continuo tendo muito apreço e admiração pelo médico e ser humano Ruy Carvalho. Com certeza seria um grande prefeito, mas, infelizmente, ele só confia em Gerson Marques e Gil Leal, que por sinal não se entendem (um não confia no outro). Eu, como não confio em ambos, e por perceber que eles detêm a confiança de Ruy, fico numa situação desconfortável. Só me resta sair.

Gostaria de dizer isso pessoalmente a Dr. Ruy, mas, ele só recebe em sua casa, pessoas de alta envergadura política, não teria tempo para um humilde blogueiro, que vive de registros audiovisuais da vida alheia. Paciência!

Confesso que assisto a morte da política ilheense com preocupação. Isso mesmo! A morte da política ilheense, no seu caráter público.

Newton Lima assassinou os bastidores da política. Os ambientes das formulações e teses, das pretensões e vontades, foram desligados do cotidiano das conversas partidárias. Newton Lima manda sozinho. Auto-suficiente.

Enxergo uma atmosfera de instabilidade, uma nova crise entre executivo e legislativo num horizonte bem próximo.

Esse quadro, onde um só manda, infertilizou o solo da política ilheense. Cobrir é apenas narrar as vontades de Newton Lima. Não há nada de singular no político e prefeito, homem simples, incapaz de um grande discurso, sempre de cara feia, às vezes grosso e petulante.

Newton também merece elogios. Tem agido com seriedade, cauteloso com o dinheiro público e correto. Poderá ficar marcado como o limitado, porém honesto.

Pois é amigos, estou de volta! Disposto a postar e a fazer jus a essa credibilidade lisonjeira que vocês me oferecem, muitas vezes de maneira muito carinhosa.

Vamos seguir o caminho?

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