quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Marcelino Galo é reeleito presidente do PT - Bahia .


No início da madrugada dessa quarta-feira (19/12/2007), recebemos de Salvador, a notícia da vitória de Marcelino Galo, reeleito presidente do diretório estadual do partido ds trabalhadores.
Aproveitamos a ocasião para entrevistá-lo.

Blog do Gusmão.

O senhor ganhou uma eleição muito disputada. A maioria dos secretários do governo Wagner apoiou a outra chapa (inclusive Geraldo Simões, secretário estadual de agricultura), mesmo assim o senhor saiu vitorioso. A que se deve essa demonstração de força?

Marcelino Galo.

O resultado das urnas expressa o reconhecimento da militância petista sobre o trabalho realizado nos últimos dois anos. Entre os pontos deste reconhecimento está a afirmação da diferença entre partido e governo. Óbvio que o partido compreende a importância de defender o governo Jaques Wagner, que é considerado o melhor da história do estado e caminha para libertar definitivamente a sociedade do autoritarismo e patrimonialismo. E temos defendido com louvor o governo na imprensa e na base social. Quanto à condução do PT, essa é autônoma em relação aos governos. Partido e governo se relacionam e influenciam um ao outro, e trabalhamos para que essa relação não seja desigual.

Blog do Gusmão.

Como o senhor analisa a reeleição do deputado Ricardo Berzoini a presidência nacional do PT?

Marcelino Galo

A Esperança é Vermelha, campo do qual componho, fez campanha para Valter Pomar no primeiro turno do PED. Não fomos para o segundo turno. E fizemos campanha para Jilmar Tatto no segundo turno para uma renovação na presidência nacional. Berzoini foi eleito com ampla maioria da base partidária, e esse resultado é legítimo e soberano. Foi o sentimento e analise da militância nesse momento.

Blog do Gusmão.

Quais os caminhos que o PT da Bahia seguirá após a sua reeleição?

Marcelino Galo

Pretendemos manter alguns princípios estabelecidos. Apoio aos governos e prefeituras petistas; se relacionar constantemente com os movimentos sociais organizados; zelar pela ética; cuidar da saúde financeira; unificar o partido, como no processo eleitoral de 2006, que conseguimos eleger Wagner e aprovar política de alianças; e eleger o maior número de prefeitos e vereadores petistas na Bahia.

Blog do Gusmão.

A tendência interna do PT que o senhor faz parte (articulação de esquerda) tem grande inserção em diversos movimentos sociais organizados. Levando em consideração essa base, que de certa forma lhe dá sustentação, como o senhor encara a greve de fome do bispo de Barras, d. Luiz Flávio Cappio?

Marcelino Galo


O PT não tem posição fechada sobre a transposição do Rio São Francisco, e por isso, em nenhum momento me coloquei sobre a questão. Porém o partido tem como principio estabelecer o diálogo com os movimentos sociais, como as comunidades ribeirinhas, movimentos de luta pela reforma agrária e quilombolas. E na região em que o Bispo Cappio está presente muitos desses movimentos estão lá. Prestamos solidariedade aos movimentos e ao próprio Bispo por sua história de luta com os movimentos sociais.


Blog do Gusmão

O PT de Ilhéus já consolidou o nome do médico Ruy Carvalho, como pré-candidato a prefeito em 2008. No meio político, comenta-se que existe uma aliança preferencial entre o PT e o PMDB da Bahia, visando as próximas eleições. Na sua opinião essa aliança com o PMDB deve ser encarada como regra ou o quadro poítico de cada município deve ser respeitado?

Marcelino Galo

O Partido dos Trabalhadores vai debater a política de alianças para as eleições municipais do ano que vem. Essa decisão será discutida e aprovada nas instâncias partidárias cabíveis a nivel nacional, estadual e municipal.




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