segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Compreenda o fenômeno Hugo Chávez.


Não é prudente analisar o presidente venezuelano Hugo Chávez com base nos noticiários da tv brasileira.
Poucos lembram que Chávez sofreu um golpe de estado em abril de 2002. A quartelada foi fomentada pelo governo dos EUA e organizada por grande parte do empresariado do país.
Em menos de 72 horas, ele foi reconduzido ao poder graças a um levante popular que desafiou os militares, e os fez mudar de postura rapidamente.
Sua figura realmente lembra o estereótipo dos ditadores latinos (farda, quepe e prolixidade), mas, sob sua tutela, o estado venezuelano vem investindo pesado na melhoria de vida dos cidadãos. Grande parte dos dividendos arrecadados com a venda do petróleo são direcionados para o custeio de diversos programas sociais. Daí vem a sua enorme popularidade.
Chávez erra quando usa sua popularidade para se perpetuar no poder. Mesmo assim, isso não lhe confere a pecha de ditador, pois, por mais que os nossos articulistas de direita não queiram, a maioria do povo venezuelano o quer presidente.
As eleições e plebiscitos em que saiu vencedor foram analisados por observadores internacionais, e tidos como processos regulares e lícitos.
Para compreender melhor esse fenômeno, sugiro que veja o documentário "A revolução não será televisionada" de Kim Bartley e Donnacha O'Briain, cineastas irlandeses que coincidentemente estavam em Caracas quando Hugo Chavez sofreu o golpe.
Nele você entenderá os motivos que levaram o governo venezuelano a não renovar a concessão pública da RCTV (canal de televisão que participou ativamente do golpe em abril de 2002).
Dividido em dez partes. Aqui você vê a primeira, as outras você encontra no youtube, clique aqui.



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